Desabafos

Já passaram 7 meses e meio desde que nasceu o Zezé, tem passado a voar este tempo, talvez porque tive de trabalhar (algumas horas é certo) logo quando ele tinha 2 meses, se não tivesse sido o pai incrível a ficar com ele eu não iria.... Mas custou horrores, era o caminho todo até ao porto a conduzir literalmente lavada em lágrimas.
Agora está um bebé grande, muito grande... só para comparar (não há termo de comparação pois cada um é tão diferente...)
o Flecha tinha o peso dele aos 12 meses... e o comprimento aos 10...
Só quer estar de pé... mas não aguenta muito tempo.
Deito-o de barriga para baixo, vira-se imediatamente, não sei se irá algum dia gatinhar...
Grita imenso para chamar a atenção, se viro costas começa a chorar/gritar, mal chego junto dele é ver um sorriso lindo naquelas bochechinhas gorduchas.
Comprei-lhe umas bolas da Ficher price e o seu passatempo favorito é bater umas nas outras para fazer grande estardalhaço e atirá-las ao chão.
Adora de paixão o mano, é vê-lo a rir das palhaçadas dele, a estender as mãos para lhe fazer um carinho, é lindo vê-los a interagir. Se alguma vez tenho dúvidas se iria fazer bem um mano ao Flecha, ao vê-los a brincar elas dissipam-se.

O Flecha, faz imensas brincadeiras para o mano, canta-lhe, fala-lhe imenso quando me estou a vestir de manhã e os deixo na sala (o Zezé na espreguiçadeira e o Flecha no sofá), não o deixa chorar, dá-lhe "beijinhos de bom dia, de bom leitinho, de boa tarde,...., beijinhos de tudo)
Ontem decidi inventar uma história para o Flecha (isto porque todas as noites sem excepção leio-lhe uma história, fiz isto desde que fiquei grávida dele, já lá vão 4 anos, 4 meses e alguns dias), deixei-o escolher os personagens, ele adorou. Tenho de repetir mais vezes.
Agora tem uma expressões giras, tipo: "tens toda a razão mamã", "de certeza que sim", "por exemplo", que aplica de modo adequado nas mais diversas situações.

Estão a crescer tão rápido estes meus incríveis que me assusta.
Amo-os tanto que às vezes me dói este amor, tenho vontade de gritar.

A nível profissional voltei a dar formação, mas ainda só a uma turma, por isso a leccionar são 4 horas semanais, mas como tenho de fazer um manual para eles perco horas e horas entre pesquisa (net e bibliográfica), dou sempre o meu melhor mas nem sempre me sinto recompensada.